No mês de agosto na Igreja somos convidados a celebrarmos o MÊS VOCACIONAL. Este mês é fruto de uma séria reflexão da Igreja sobre a necessidade de se criar uma “cultura vocacional” em todas as Dioceses, Paróquias, comunidades e, principalmente, FAMÍLIAS. Toda vocação nasce e começa na família, por isso estamos acostumados a dizer que a “família é o berço das vocações”.

A palavra vocação vem do latim “Vocare” e significa CHAMADO.  Deus continua “vocacionando” todos os dias, isto é, chamando homens e mulheres para o serviço de seu Reino. Porém, quando falamos em vocação corremos o sério risco de pensarmos e reduzirmos vocação ao “ser padre”, “ser freira” e não é bem assim. A vocação é algo muito mais complexo, que toca diretamente à essência da pessoa, ou seja, toda pessoa tem uma vocação e deve descobri-la e discerni-la nos sinais simples do dia a dia, Deus não prima por sinais extraordinários – salvo exceções – Ele chama na simplicidade e pequenez do cotidiano, por isso a importância de estar atento aos sinais.

Todos somos vocacionados, isto é, somos chamados a abraçar um chamado. Na Igreja há espaço para todos. Os caminhos são muitos e, quando falo MUITOS, são muitos mesmo! Nas paróquias e comunidades somos chamados durante este mês vocacional a aprofundar o conhecimento de todas as vocações. É nesse sentido que toda vocação deve ser bem vivida e discernida. Vocação acertada é sinônimo de vida feliz!

A primeira vocação, o primeiro chamado do ser humano é à vida; Deus “chama” o homem a este mundo e o propõe o caminho da felicidade. Depois, pelo sacramento do Batismo somos incorporados na vida cristã, é o chamado para a vivência na comunidade dos filhos e filhas de Deus. O ser humano chamado à vida e à vida cristã agora é chamado a abraçar um projeto de vida, uma vocação! Os caminhos são muitos e durante o mês de agosto a Igreja celebra cada vocação com especial atenção.

Na primeira semana celebramos a vocação sacerdotal, mostrando o padre como rosto de Jesus Cristo, aquele que age em nome do Sumo Sacerdote Jesus. Na segunda semana celebramos a vocação da família, o matrimônio, amor que santifica e que é fonte geradora das outras vocações. Na terceira semana nossa atenção especial é à Vida religiosa, mostrando como é a vocação abraçada por muitos que deixam suas famílias para viverem em comunidades religiosas, com carismas e missões específicas. Na última semana de agosto voltamos nossa atenção à vocação dos leigos engajados na comunidade, especialmente os catequistas, que dedicam seu tempo à evangelização e a propagação da palavra de Deus através do ensino da doutrina e da catequese.

Deus chama a todos sem distinção e o importante é estar atentos aos sinais do Seu chamado. Dai a importância do trabalho da Pastoral Vocacional, auxiliando os vocacionados na busca e discernimento de sua vocação. Você conhece esta importante pastoral da Igreja? Procure saber mais sobre ela na sua comunidade, ajude e seja você também um agente animador das vocações. O Senhor precisa de você!

Luiz Fernando Miguel é Agente da Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Aparecida e também da Pastoral da Comunicação (Pascom). Graduado em Filosofia (Unisal – Lorena) e graduando em Comunicação Social (Fatea – Lorena). Atua na Arquidiocese de Aparecida na Animação da juventude e trabalha com Mídias Sociais.