Como falar em privacidade em tempos de Facebook, Instagram, WhatsApp, Snapchat…? Este termo designa algo que é muito “pessoal”, privado, “meu”… Será que hoje nós sabemos o que é isso?
O esvaziamento do sentido da privacidade acontece a cada “click”, a cada postagem, a cada exposição exagerada que fazemos de nossas vidas. Basta olharmos os nossos “novos jovens” da era da informação (especialmente aqueles que nasceram após os anos 2000) que passam agora da adolescência à juventude, em uma era repleta de mudanças muito rápidas e de uma fluidez de ideias totalmente contínua; tudo se “desfaz no ar”. É como se cada momento, pra acontecer, de fato, necessitasse de uma postagem no “face” ou mesmo de um “like”. É um movimento existencial que acontece como se aquilo que não for postado, curtido, não tivesse sentido ou mesmo ainda, é como se nunca tivesse existido.
|
A “árvore” das Redes sociais. (Disponível em: www.pixabay.com) |
Nossos pais tiravam fotos para olharem mais tarde e recordarem-se de momentos felizes. E nós? Tiramos fotos pra quê? Quantos álbuns de fotos recentes nós temos? No facebook? Não! Álbuns, sabe? Isso, daqueles mesmo, “antigos”… Você sabe o que são eles? São como caixinhas de sonhos, abri-los e passar as fotos uma a uma é um momento mágico. Isto, esse momento mágico as novas mídias não vão nos proporcionar a todo instante; podem nos proporcionar naquele exato momento, mas, e depois?
Não é raro encontrarmos jovens e adolescentes ansiosos, nervosos, “tensos”… O mais triste é que ficam assim muitas vezes porque não recebem um alto número de “curtidas” em suas fotos. Doce ilusão amarga e fria, pois quem curte suas fotos na maioria das vezes não está interessado na sua vida. Esta pessoa simplesmente “curtiu”. O que você “curte” na sua vida?
Imagine só: se aqueles que curtem não querem nada com a nossa vida, já pensou então quem não curte? É um questionamento que temos de nos fazer. Será que todos os nossos “amigos” das redes sociais são, de fato, amigos? Pense nisso! Pense comigo!
Vale a pena verificarmos as nossas listas de contatos para ver realmente quem pode/deve ou não estar ali.
Bom, iniciamos assim nossa conversa sobre este empolgante assunto e nos próximos textos daremos continuidade. Não se esqueça: se você tiver alguma dúvida ou sugestão mande pra mim através da page no facebook (facebook.com/pense.comigo10), terei muita alegria em responder e colaborar.
Abraço a todos e até a próxima.