No evangelho deste dia Jesus critica fortemente a exterioridade dos gestos dos hipócritas e pagãos, que faziam as coisas somente para serem notados e “bem vistos” pelos seus contemporâneos. Penso que hoje não temos mais esse tipo de pessoa, não é mesmo? Não conhecemos ninguém assim, não é? Isso só aconteceu na época de Jesus (Que bom seria se assim o fosse realmente!). Jesus pede que sejamos justos, isto é, que façamos as nossas boas ações com coração sincero e desinteressado. Constantemente somos tentados a fazer as coisas para sermos notados, obtermos “prestígio”, “status”, mas a dinâmica do Amor e da justiça, propostos por Jesus, vai em contraposição a isto. Ele quer que façamos caridade sim, mas desinteressadamente, sem querer algo em troca, sem esperar que outros vejam o que estamos fazendo; “Quando deres esmola que a sua mão esquerda não saiba o que faz a sua direita” (Cf. Mt 6, 3).
Jesus nos mostra que a oração deve ser voltada exclusivamente a Deus; Quando apenas repetimos gestos exteriores deixamos de rezar com o coração e estamos apenas “fazendo teatrinho”, perdendo, assim, a essência da verdadeira “oração de fé”, que é sem reservas e sem interesse.
Vemos Jesus apresentar o Jejum, mas não como um “privar-se de algo que gosto para que possa depois comer mais”, esse jejum é falso! O verdadeiro Jejum é aquele que faço oferecendo por aqueles que não têm o que comer e em verdadeiro sentimento de contrição. Aquele que faz jejum para que outros vejam seu “sacrifício” não está sendo sincero nem consigo mesmo, nem com os outros e muito menos com Deus.
Nosso Pai, nosso Deus vê o que está “oculto”, portanto, é Ele quem vê nossas boas obras e nossas ações boas. Que saibamos, de fato, agradar a Deus sem esperar nada em troca da parte dos homens. Que tudo o que formos fazer seja para a Glória de Deus e a honra de Seu nome!
Que sejamos auxiliados por nossa Mãe Santíssima, Virgem Maria, a Senhora Aparecida. Deus abençoe a todos.
Luiz F. Miguel – 14-04-11 – 21h15