Às vezes…
No jardim da alegria
Já chorei o pranto da solidão.
No pranto da magia,
Transformei meu choro em canção.
Tudo passou tão rapidamente
Que acabei por não perceber.
Passou tanta coisa, tanta gente.
E meu coração continua a querer.
Sei que ele quer.
Mais ainda não sei o que é.
Pode pedir-me uma coisa qualquer.
Até mesmo pra fazer de minha vida o que quiser.
Ele não manda em mim.
Meu coração é apenas uma parte.
Porém se ele quiser que seja assim.
Minha vida tornar-se-á uma obra de arte.
Dormi e continuei pedindo
Pro meu coração se calar.
Não adianta, ele continua insistindo.
E quando eu calo, ele começa a falar.
De tanto pedir
Ele se acabou
Acho que vai partir
E aqui me deixou.
Sem ele não quero sair.
É uma pena, meu coração silenciou.
Luiz F. Miguel