PÁSCOA: UM GRITO E UMA PERGUNTA-RESPOSTA

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Autor da imagem: https://pixabay.com/pt/users/geralt-9301/

Das lembranças mais emergentes que tenho sobre a Páscoa, não me sobressaem imagens de Coelhos ou chocolates (bem difícil entender essa conexão? risos), mas sim a sonoridade de um grito e a suavidade de uma pergunta seguida de uma resposta certeira.

Este grito – recorrente até os nossos dias – me leva à realidade de um fato distante, que se eterniza no verbo AMAR. Este fato ocorreu para que se cumprisse a história até os nossos dias. E este verbo… Hum… Este verbo “anda em falta”. Ou melhor, nós “andamos em falta” para com ele.

Esta falta se dá pelo simples fato de que deixamos o Coelho e os chocolates gritarem mais alto que “Aquela voz”. E que voz seria essa? É a voz daquele grito… Que ecoa até hoje nos ouvidos daqueles que acreditam: “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem!” (Lc 23, 34). O Cristo pede que o Pai perdoe aqueles que o mataram. Que atitude esta, não?! Você já parou pra pensar nesta cena? Esqueça um pouco dos Coelhos. Recorramos ao verdadeiro sentido da Páscoa

Além do grito, recordo também outro grande e triunfante momento pascal. Trata-se daquele momento “pós-cruz”, no qual o anjo do Senhor aparece a Maria Madalena que procura o corpo de Jesus no túmulo e lhe pergunta: “Porque procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou!” (Lc 24, 5b) Leia mais sobre este episódio clicando aqui.

Estes dois momentos-chave para a compreensão da Páscoa sempre me fazem esquecer dos benditos Coelhos. Não porque eu não goste deles (coelhos são bonitos, inocentes e meigos, não é mesmo?!), mas tão somente pelo fato deles não serem os verdadeiros “donos da festa”. PÁSCOA quer dizer PASSAGEM. Passagem da morte para a vida, do velho para o novo. Os coelhos não fazem essa passagem, tadinhos deles.

Nossa sociedade “moderninha” quer o tempo todo, arrumar uma desculpa para festejar sem se lembrar do verdadeiro dono da festa. Ora é o Noel, ora são os Coelhos, e tantas outras desculpas esfarrapadas.

Vamos voltar ao sentido verdadeiro e primeiro das coisas. É preciso “voltar ao primeiro amor” e este amor é aquele da Cruz que, aliás, não para nela, ultrapassa o madeiro e nos faz vitoriosos por meio da RESSURREIÇÃO.

Ah, a propósito, no link abaixo está um vídeo muito bem produzido com o VERDADEIRO SIGNIFICADO da PÁSCOA. Assista e divulgue, vale a pena!

 

     O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA

E voltando ao nosso bate-papo, não se sinta pesaroso ao comer o seu “chocolate de Páscoa”, que é muito gostoso por sinal. Mas tenha em mente que o principal dessa bonita comemoração não é a “comilança” ou as “gordices”, mas sim o memorável ato de entrega de Jesus em uma cruz e a sua triunfal Ressurreição. Ele olha sempre por nós e quer o nosso bem, tenha certeza disso.

            Feliz Páscoa! Feliz Passagem! Feliz Vida Nova!

 

Luiz Fernando Miguel

26/03

Páscoa/2016

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