Neste primeiro dia do ano civil, começando um novo ciclo em nossas vidas, a Igreja nos permite com alegria celebrarmos a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. O Evangelho de hoje, ainda no clima do Natal, nos relembra o momento bendito do nascimento do Menino-Deus. Maria, como nos diz a Palavra, “guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração.”
Maria é justamente esta figura da escuta, do silêncio, da obediência e do amor. Abraçou a sua cruz, o projeto salvífico de Deus, carregando em seus braços o sensível recém-nascido e depois também segurando em seus braços o homem-Deus crucificado e morto pela injustiça humana. Somos convidados neste dia a fazermos como os pastores, voltarmos das festas natalinas dando glória a Deus por tantas graças que nos concede.
“Esta é a primeira festa mariana que apareceu na Igreja Ocidental. Originalmente, a festa nasceu com o intuito de substituir o costume pagão, cujo ritos não correspondiam com a santidade das celebrações cristãs. O título foi criado pelos cristãos para exprimir uma fé que não tinha relação com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, daquele que, desde sempre, era o Verbo Eterno de Deus.
Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios: em 325, o Concílio de Nicéia; e, em 381, o de Constantinopla. Esses dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
A palavra Theotókos significa Mãe de Deus, que é o artigo que os católicos professam em Maria Santíssima; porém Theotokos quer dizer ‘gerada de Deus’, ponto que Nestório, patriarca de Constantinopla e grande inimigo da Virgem, duvidava e contestava a legitimidade do título. A mudança de acento na palavra altera o sentido, passando de um sentido bem preciso para outro vago. (Canção Nova)
Que Maria, Mãe de Deus e da Igreja, interceda por nós e por nossas famílias!”
Rezemos: Este primeiro dia do Novo Ano, Dia Mundial da Paz, é festa de Maria, Mãe de Deus. Tomemos Maria como modelo, que tendo dado à luz o Salvador, «guardava todas as coisas no seu coração» (Lc 2, 19). Ofereçamos este nosso ano a Deus. Peçamos a Maria que nos ajude, ela que pode alcançar do Pai tudo o que precisamos. E rezemos também pelo desafio escolhido pelo Papa Francisco para este mês: que os educadores sejam testemunhas credíveis, ensinando a fraternidade em vez da competição e ajudando os jovens especialmente vulneráveis. Amém!