A chuva… Ah! Parece ser boa. Muito boa… Ou melhor, parece não, é muito boa!
Porém, podemos pensar como “pessoas” diferentes…
Talvez a chuva, neste momento, está sendo motivo de desgosto a alguém que perambula pelas ruas, sem rumo na vida e sem vontade de viver. A este que não tem um teto “onde repousar a cabeça” a chuva é motivo de choro, de lamento e dizer que a vida não vale a pena.
Para o poeta a chuva é maravilha, é benção, é dom, é inspiração nas tardes cinzentas quando há somente ele, a chuva, uma caneta e um papel. A chuva, bela chuva, chuva presente, presente de alguém especial à pessoas especiais. Para levantar o doce e suave “cheiro de terra molhada”. Um cheiro que, além de tudo, incita à inpirações mais belas e profundas no ser poeta pensante.
O Filósofo vê a chuva como fenômeno natural e um simples começo de tudo. Porém, isto não basta. A Chuva vai além de um simples fenômeno natural ou de um mero e insignificante “começo das coisas”.
Para a criança a chuva é motivo de alegria. Motivo de festa. De saltar e sair correndo para se molhar… Penso que todos, ou quase todos, já devem ter se banhado na chuva algum dia. Experiência magnífica.
A bendita chuva que cai sobre o solo é para o lavrador e para o camponês motivo de muita comemoração, muita festa e alegria. Era o que faltava para a planta florescer. Para p seu pão de cada dia, era necessário que se “rompesse o véu das nuvens” e “brotasse fontes de água do céu”.
Chuva bendita. Chuva de Deus. Chuva para tudo e para todos, para o poeta, para o mendigo, a criança, o filósofo, o camponês. Enfim, é a mesma chuva para todos. Cada um a enxerga de uma maneira. Porém, todos não podem se esquecer que de apesar ter suas características próprias para cada pessoa, ela não deixa de ser Graça de Deus que fecunda a terra e que traz ao solo um pedacinho do céu, molhando, irrigando, por vezes inundando, porém sempre, sempre mesmo, o alimento nos dando e muitas famílias alimentando. Sem a chuva seríamos “pessoas secas”, literalmente. E ainda seríamos pessoas “amargas” e insensíveis aos sinais da Vida e da natureza.
Aproveitemos, pois, as chuvas e façamos nossa reflexão pessoal!
